Por favor, uma dose com apenas duas pedras de gelo.
@LordBoor - Pallavras
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13 de março de 2024
Um café, depois um Whisky, ou uma conversa sobre a tua insanidade inconsequente.
Por favor, uma dose com apenas duas pedras de gelo.
Sem arrependimento, sem perdão, sem culpa e sem direção; Sujas estão as tuas mãos.
Avançastes sem precedentes
E rompestes a linha tênue da confiança,
Quebraste os parâmetros da empatia
E sem culpa alimentaste a insegurança.
Não haverá páginas de nostalgia
Como se atira uma flecha sem lança.
Falta-me palavras para dirimir
E expressar tamanha decepção,
Como o ouro de Ofir perdeu o valor
E o brilho de admiração,
Sem culpa volta a dormir
Como se nada fizeste sem intenção.
Quiçá haverá perdão
Mas nunca mais irá voltar,
O arrependimento que muda a direção
Parece não lhe despertar,
Sujas estão as tuas mãos
Mas parece não lhe importar.
20 de fevereiro de 2024
Caminhos
Não sinto saudade do passado, não nutro expectativas das pessoas que decepcionei e fui decepcionado. A saudade que sinto é justamente das pessoas que ainda não conheci, a verdade é a interação, a reciprocidade, a troca de experiencias, o caminhar sem julgamentos e preconceitos. Não importo com as opiniões alheias, com o pensar de pessoas que não agregam e não fortalecem o dia a dia. Hoje é impossível para mim caminhar e compartilhar momentos com pessoas desleais, pessoas que querem apenas te usar por algum interesse momentâneo. Pessoas egoístas sem nenhuma empatia ou consideração. Fato que quem estar pleno não está interessado em sugar a alma do outro, as pessoas de alto valor tem mais a doar do que exigir. Quero apenas tomar o cuidado para não machucar quem eu amo e quem tem o mínimo de consideração por mim. Não quero me alimentar de ódio, de rancor e de vontade de vingança. Pretendo seguir em paz e não olhar para traz.
4 de janeiro de 2024
O calcanhar de um sonhador
Sem saber onde, como e quando chegar
Sonhando se vai (...).
Criando expectativas,
Frustrando planos,
Chorando pelas esquinas,
Lamentando por águas passadas
Mas ainda acreditando na vida
Alimentando esperanças
Na loucura de conseguir.
Seja pela dor,
Seja por amor,
Seja pelas causas justas
Seja por se declarar merecedor.
A vida escreve novas páginas
Para que contemos histórias
Para que não possamos perder a fé
Ficaram palavras, poucas imagens,
Ou quem sabe alvitres.
O legado de um solitário
Sinto-me intenso
Na minha própria companhia,
A solidão que me abriga
Fez-me compreender que ninguém
Pode preencher o vazio que habita em mim.
Renunciei a muitos amores
Para viver o amor-próprio,
Acometi em mim,
Para trabalhar, estudar e evoluir.
Esta é a sina de um homem pleno em si mesmo.
Foi perdendo que aprendi a ganhar,
Foi sofrendo que compreendi viver,
Foi caindo que valorizei cada passo,
Foi sonhando que construí meu castelo,
Foi renunciando que alarguei valores.
Não sou apegado a coisas,
Tão pouco a pessoas,
Apego-me em projetos e objetivos,
Porque coisas acabam e pessoas morrem
Mas objetivos constroem legados.
Estou no mundo,
Amo o mundo,
Mas não sou deste mundo.
Não me apego a nada
Não levarei nada, mas deixarei lembranças.
A Poesia bruta e a rima contundente do pagode de viola, ou João Carreiro com seu jeito bruto e o coração mole.
Um homem com o jeito bruto
E com o coração mole,
Por que foste de repente e cedo demais?
Mas fica a tua poesia,
A tua música,
E a tua expressão.
Homem de fé,
De talento,
De riso fácil,
De originalidade.
Deixará saudades
No coração daqueles que te admiram
E se inspiram na poesia bruta
E na rima contundente do pagode de viola.
O céu ganha mais um anjo!
3 de janeiro de 2024
A lembrança de que nada ficou, ou o que um dia foi destinado e não exercido.
Lembrar você nada me desperta
Nenhum sentimento
Nada de mau ou de bom
Nenhuma saudade
Coisa nenhuma para contar
O tempo se encarregou de apagar
O que um dia foi destinado e não exercido (...).
Não sobrou estórias
Todas as palavras foram imêmores
Os teus “Eu te amo” foram olvidos (deletados e esquecidos),
Apenas uma página apagada,
Deslembrada e que não significa lhufas nenhuma
Guarde o vazio, o hiato e a lembrança do que nada ficou.
Fotografias imaginária de atos libertinos, ou o anseio insano de um gozo profano contido e agora realizado.
Dizer palavras libertinas no teu ouvido
Beijar a tua nuca
E roçar com a barba no teu pescoço
Sentir o teu cheiro impregnar no meu corpo
Te segurar forte pela cintura
E morder vagarosamente os teus seios
Descer com a língua no teu abdômen
Sentir a tua pele arrepiar
E tuas unhas cravar nas minhas costas
Te penetrar com toda intensidade
Ouvir os teus gemidos
E teu corpo tremendo de tanto prazer
Nada no mundo é melhor que o momento
De sentir o teu gozo
E você me desejando cada vez mais
O Desejo de um poeta descrito com todo o sentimento na letra de uma canção, ou a significância do amor em contraste com o momento da paixão.
Quando a poesia esgrima
A alma padece e se compadece de afeto.
A lembrança aperta,
A mente se alerta com o ímpeto que ronda por perto.
Bate forte coração
Acende a emoção por um segredo descoberto.
O amor é um sacrifico!
E não apenas o ofício de um sentimento.
E se entregar por inteiro,
Um tiro certeiro na eternidade em andamento
Já a paixão é o canto da Sereia
Que permeia a ilusão de um momento.
Cante com mais espontaneidade
A tua verdade com toda expressão,
Sinta a melodia penetrar
E harmonizar o solo da canção,
De longe observo
Como se de perto sentisse o teu coração.
Apenas isso
Provoca-me primeiramente,
Me olhe,
Me beije,
Me use,
E Sirva-se de mim (...).
Depois pode ir embora,
Me ignore,
Me cancele,
Me esqueça,
E não me procure mais.
31 de dezembro de 2023
A Mulher demônio, ou melhor, todas as coisas em uma só.
Ela tem todos os defeitos do mundo
Mas é tão cheia de si
E plena em suas palavras
Que a perfeição transborda através
do teu olhar.
É muito desorganizada
Contudo, sabe resolver problemas
com maestria.
É bonita e tem um carinha de anjo,
Também possui um ego demoníaco.
Sabe se comportar com elegância
Bem como, é voraz e perversa na
cama.
Gosta de música, sair para dançar,
Provocar os homens na noite
E depois ir para igreja rezar.
Sim, ela é tudo isso
E mais um pouco.
Um poço de contradição,
Todas as coisas em uma só.
Possui mil personalidades
Sabe bem o que é formalidade e ser
discreta,
Mulher intensa,
Fácil de apaixonar, ainda mais fácil
para desapegar.
Não tem preconceitos,
Pega homem, pega mulher,
Ama ser pegada,
Sabe seduzir e deixa ser levada
A solidão e a SOLITUDE.
O que é a solidão senão um encontro consigo mesmo?
Um momento de esvaziar a alma
E pensar quem você realmente é.
Muitos têm medo da solidão, de viver sozinho e de morrer só.
Muitos entram em depressão somente de pensar nesta
possibilidade,
Há pessoas que precisam o tempo todo estar rodeado de
pessoas
Ou pelo menos ter alguém para se ancorar.
A solidão assombra as pessoas,
Pois a ideia de encontro com o vazio é pavorosa.
No meio da multidão a pessoa pode ser esconder e se passar
por apenas mais um
Ou até mesmo pelo fato de estar rodeado de pessoas não se
sentir só.
Contudo, há pessoas solitárias no meio da multidão.
Como há pessoas plenas em si mesma.
Solidão não tem necessariamente a ver com pessoas
Mas com plenitude!
Quando se aprende a caminhar só
A vida pode obter amplos significados,
O medo se esvai,
O entendimento de si mesmo se amplia,
Não há necessidade de aprovação por ninguém,
Quando se descobre que a sua própria companhia pode ser a
melhor do mundo
A solidão se torna solitude,
Não há sofrimento em estar só
E nem dependência de pessoas.
O fato é que embora somos sociáveis
Também podemos ter reservas em nossa privacidade.
Há pessoas vazias em todos os lugares,
Logo se relacionar não deveria ser uma questão de
necessidade
Mas de troca de experiencias,
De caminhar juntos,
De construir coisas e desenhar futuros.
A pessoa solitária precisa se encontrar em si mesma
É como uma lagoa que só acumula,
A pessoa que descobriu a solitude é como um rio
Que corre sozinho para desaguar no mar.
Nunca, ou quase nunca corrobora.
O que faço agora?
Fico aqui dentro
Ou me perco lá fora?
Será que ainda há tempo
Ou já perdi a hora?
Rapidamente a estrela cadente
Passou e foi embora,
Entre estátuas e cofres
O amor jaz outrora,
Como ressignificar
Depois de consumir mandrágora?
Ah, talvez não entenda toda essa analogia
Através de trocadilhos e metáforas,
É de proposito o arcabouço
Do povir desde outrora.
Não há poesia em bota-foras
Mas há alegria depois que choras,
Viver nostalgias
É como voltar da diáspora,
A mulher quer impressionar
E por isso demora,
A questão é que a paciência
Nunca, ou quase nunca corrobora.
O mundo de Deus e o universo dos homens
No mundo há muitas coisas
Boas e ruins
Belas e malditas
Doces, azedas e amargas
Repelentes e atraentes
Dolorosas e reciprocas
Acinzentadas e multicoloridas
Há mulheres de todos os tipos para todos os gostos
Há poesia e maldade
Há fé e falsas certezas
Há beijos de traição e amores desinteressados
Há olhares serenos em meio a corrupção
Há flores e mensagens irônicas
Há lembranças, e principalmente saudades eternas
Estórias e histórias
Músicas, perfumes e más intenções
Pessoas ingênuas e carros que perdem a direção
Bilionários humildes e pobres arrotando arrogância
Jogos manipulados e conchavos políticos
Ideias que transcendem o tempo e o espaço
E pássaros cantando no topo das árvores
O mundo está lá fora e dentro de nós
Um universo de variedades, diversidades e não compreensão
Satélites espalhados por cima das nuvens
E um oceano ainda não explorado
Ações que não conjugam verbos
Um futuro presente no passado
30 de dezembro de 2023
Debate com DEUS
Eu falei com Deus que renuncio à minha fé,
Não quero mais ser obrigado acreditar sem ter certeza,
A religião foi muito dolorosa comigo,
Me impôs pesos desnecessários,
Culpas, dores, medo e incertezas.
Debati com Deus sobre as dores do mundo,
Sobre o sofrimento dos inocentes,
Sobre a orgulho daqueles que não precisam,
Sobre o motivo de viver
E principalmente sobre a morte.
Mas Deus não me respondeu,
Me deixou no silêncio profundo,
E, indignado chorei,
Esbravejei com as minhas limitações
E não alcancei respostas.
Não sei se Deus me entendeu ou não,
Se eu fui ouvido ou não,
O fato é que não tenho mais fé!
Não me importo para onde vou se morrer,
Aceito o que for se destino ou acaso.
Deixo bem claro
Que não escolhi nada disso,
Não posso ser condenado sem compreender
Como funciona os processos,
Por isso exponho minha indignação com DEUS.
Não sou culpado por errar
E não posso ser condenado por não acreditar,
Se pudesse, eu mudaria tudo isso.
Estou cansado de clamar
E ter a sensação que não estou sendo ouvido.
Também não quero ser idiota como alguns cientistas
Que negam aquilo que não acreditam
Como se isso fosse uma verdade absoluta,
Quero apenas me ponderar
E admitir minha pequenez diante de tudo isso.
Se Deus quiser me responder; Amém!
Se não quiser, nada vai mudar.
Sigo meu caminho sem fé,
Sem fidúcias
E sem respostas.
Desejo apenas não perder o espanto
Da admiração pela vida,
Não quero me tornar um cético
Sem coração, sem ética
E sem compaixão.
Apesar de tudo tenho gratidão,
Não me sinto merecedor de nada,
E não acho justa a ideia de um sofrimento eterno
Por um erro
Ou por acúmulo de pecados.
Se Deus existir como diz que ele É,
Que possamos também ser,
Viver, admirar, amar e evoluir.
Que a vida encontre sentido
Ou que tudo termine em si mesmo.
Me entrego
Me entrego
E respiro poesia,
Alegria,
Nostalgia,
Letras dedilhadas,
Amores passados,
Saudades latentes (...).
Me entrego
E suspiro sonhos,
Rimas,
Olhares a finco,
Beijos molhados,
Diálogos profundos
Com tempo de qualidade (...).
Me entrego
E canto desafinado,
Amo sem ser amado,
Recito poemas,
Conto estórias,
Danço na chuva
E abraço por abraçar.
Me entrego
Mesmo ferido,
Com o coração quebrantado,
Com o peito aberto,
Com o olhar cansado,
Sem a obrigação
De juras de amor eterno.
Me entrego
Sem estar apaixonado
E acreditando no amor,
Por promessas de momento
Ou por azo da ocasião,
Para viver o presente
Sem certezas do amanhã.
Me entrego
Por pouca coisa
Ou apenas por prazer,
Por viver para viver,
Para doar mais que recebo
Ou apenas pelo ato de experimentar
O mais do mesmo.
Um dia para esquecer
É estranho ainda
pensar em você!
Isto me corrói e me destrói
de dentro para fora,
Eu que pensava que já
era um assunto pacificado,
Que já não tinha nenhum
desígnio ou esperança,
Não sei por qual motivo
você voltou no tempo para me atormentar.
Doeu e ainda doí
muito,
O pior é que eu ainda
não entendi teus motivos
Para fazer o que fez.
Se o não já era
obvio,
Não valia a pena
acreditar que poderia ser diferente.
Os teus atos de inconformidade
Me geraram danos sem
precedentes.
Agora;
Há um conflito
permanente entre a minha alma e minha carne,
Contudo, apesar do cancro
ainda exposto
Não permito que a
mente me conduza para aquilo que vou me arrepender.
Com toda sinceridade,
Não imaginei que no
vazio do teu coração
Pudesse existir tanta
intensidade.
O teu silencio é
claro quase transparente,
A tua distância
tornou absoluto meus espasmos,
Não faço ideia por
onde andas,
Mas no meu peito jaz
uma dor que eu não procurei
E tão pouco fiz por
merecer.
Confesso que virei a página
Mas não consigo
esquecer.
Prometo que não haverá
voltas,
Não haverá sinais
E nem procuras.
Não deixarei palavras
pesadas
E sentimentos ácidos me
consumirem,
Coloco apenas uma pá de
cal para seguir em frente,
Quero agora esquecer
que o nosso momento um dia existiu,
Houve significado
apenas para um lado,
E como sem motivos
acabou,
Com motivos será
enterrado e esquecido.
Nada demais
Quais os
elementos subjetivos que não foram explicitamente entendidos em nossa conversa?
Ouvi atentamente os teus argumentos, bem como prestei atenção fazendo leitura
corporal enquanto explanava tuas palavras. Teve todo o tempo do mundo para
colocar em pauta a matéria que almejasse, inclusive a oportunidade de levantar
todo o passado, debater o presente e apresentar os projetos para o futuro. Em momento
algum a conversa teve o tom sustenido ou bemol, nenhum acidente na escala
natural. Foi a coisa mais impressionante ocorrida, toda a complexidade pode ser
resumida e expressada de forma aberta e contundente. De forma analógica, as parábolas
puderam serem apreciadas e digeridas ao sabor de um vinho tinto Italiano, uma bela
canção de violino solava como base enquanto observava os teus gestos.
Nunca, jamais
e em nenhum tempo (redundância proposital), houve a obrigação da espontaneidade.
Apesar disso, o encadeamento foi exposto de forma integral nos mínimos detalhes
que um argumento pode apresentar. Confesso que é difícil expor de forma
suscinta toda a compilação acumulada durante dezenas de anos.
Resta agora
aguardar pela a sentença do tempo e suas conjugações.
Obsceno
Foge-me a
possibilidade
De te olhar e não te
desejar,
Transpassa-me o
coração
A intensão de te
possuir de fora para dentro,
Sentir o teu cheiro,
Sussurrar em voz
grave nos teus ouvidos,
Apertar forte as tuas
coxas,
Beijá-la lentamente,
Sentir o teu calor em
contato com meu corpo.
Meus pensamentos se aguçam
Em infinitas
fantasias,
Meu desejo se aflora
com a química dos teus lábios,
O teu perfume natural
desperta meus instintos
De lobo selvagem,
O teu jeito feminino exacerba
O ápice da minha
masculinidade,
Manifesta em mim
atitudes que me fazem perder o controle.
O amor e seu prazo de validade.
Foste de longe o amor que mais permaneceu,
Alimentado de carinhos;
Por conversas;
Por projetos;
por sexo;
pela ideia de matrimonio;
por momentos inesquecíveis;
por brigas sem sentido;
por aprovação familiar;
por cumplicidade;
por compatibilidade religiosa;
por gostos similares e distintos;
por carência;
por objetivos em comum;
por viagens memoráveis (...).
Mas, como tudo na vida tem prazo de validade: ACABOU.
Carta de um amigo sincero, ou expectativas frustradas sem surpresa.
A confiança lhe trai,
Machuca, emputece e desenvolve sentimentos sem precedentes.
Quando a recíproca não é verdadeira,
Um lado se fode
E o outro pouco importa.
Quando um coração é mau
A mente é perversa,
As pessoas se escondem com mantos de charlatanice.
Vendem imagem do que não são
E depois se ocultam como se nada tivesse acontecido.
Cobram coisas que não são capazes de entregar,
Alimentam leões com capim,
Mentem descaradamente,
E ainda pior,
Estão perdidos em um mar de inconstâncias.
A cada dia,
Um novo “está tudo bem”,
Mas no fundo o vazio só se dilata.
Porque hoje está bem pior que ontem
E amanhã não haverá.
Como uma lagoa podre
Querem apenas receber e acumular,
Transbordam sujeira e um cheiro ruim.
Pouco compreendem que o mais simples
É quase sempre o mais importante.
Uma nova postagem, ou uma história revelada através das linhas subjetivas.
E de repente sem anseio ou expectativa
A vida lhe propõe através do não um sim,
Pode bater forte,
Pode ser sem querer,
Pode até ter muito significado
Ou apenas acontecer.
Um momento pode eternizar;
Através de poucas palavras
- Vidas podem se reencontrar,
Se desencontrarem
E quiçá de além
Se amealharem (está correto).
Sim, O que não era para ser
E com poucas possibilidades
Advir com intensidade e propósitos.
Era lindo, maravilhoso, um sonho...
Mas como todo sonho
Acaba quando se acorda para realidade.
Os instantes são verdadeiros,
A espera latente,
Mas nem sempre o anseio
Corresponde o fato.
O desapego se manifesta,
E o desinteresse se fixa entre duas vidas.
No mundo tudo acontece
Coisas boas e coisas ruins,
Inclusive coisas que não mereciam ser lembradas.
Entre encontros e despedidas
O não pode marcar mais que o sim
E ficar estigmatizado na memoria.
A impossibilidade sempre foi real,
Andar em rumo o nada
E como se perder de proposito.
Há coisas que sabemos que estão erradas
E, mesmo assim continuamos
Sabendo que a merda vai acontecer.
O fim do caminho pode abrir novas portas
Outros lugares
Outras pessoas
Dezenas de centenas de beijos
E troca de energias desnecessárias
Apenas por prazer.
Tentativas frustradas
Por protocolos e conveniências,
Objetos,
Passados que jaz a porta,
Verdades ocultas
E conexões instantâneas.
Tentativas e erros,
Esperanças em cofres sem fundo,
Beijos momentâneos,
Teses desperdiçadas
Por desrespeito e consideração
Que nunca aconteceram.
Todos os textos são autoria de Giliardi Rodrigues. Proibida a reprodução de qualquer texto sem prévia autorização do autor.